quinta-feira, 17 de junho de 2010

sobre o ir e vir

e a gente percebe que está longe o suficiente quando o coração dói por não conseguir fazer uma ligação.no meio da tarde. e andar por uma rua com centenas de pessoas com seus passos apressados e seus trajes de frio, em meio a construções antigas e bem conservadas, por um instante faz o pensamento viajar e me sinto num filme, exatamente do jeito que eu gosto. 

mas a saudade anda me maltratando de uma forma que eu nunca imaginei. daí dou mais um gole no café que também aquece o peito nessas terras frias. e tanta gente passa, e seus olhares são, ora distantes, ora compenetrados. e cada um tem sua dor, claro. ou, como diria marisa, "a dor é de quem tem". tento me agarrar à máxima de que os fins justificam os meios - ou seja, todo o esforço compensa o resultado final.

e eu queria um abraço. daqueles que a gente pode sentir o calor do outro. e chorar no ombro. porque estou cansado de segurar e ter que fazer cara bonita quando me cobram 50 reais para que eu possa participar de um processo seletivo e concorrer a uma vaga no mercado de trabalho.

aliás, já disse que eu acho o abraço uma das coisas mais lindas que existem no mundo?



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