sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

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correria pra arrumar as coisas. coração apertado. despedidas, amigos, muitos. mamãe me levando ao aeroporto. check in feito, malas despachadas, excesso de peso, funcionária da GOL sendo bem camarada e cobrando somente metade dos quilos excedidos. despedir de minha mãe sempre dói muito. mil recomendações, e, entre elas, "vê se para de fumar lá em porto alegre". instruções de segurança. o avião levanta vôo. começa uma etapa nova da minha vida.

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e a capital gaúcha me recebe com chuva. e eu com mil malas. não recomendo a ninguém carregar malas em dias de chuva. um táxi, por favor! quarto de pensão que um amigo gente fina me cedeu por uns dias. bem trash o lugar. colchão em péssimo estado, tive medo até de colocar minha roupa de cama nele. de pegar uma doença de pele, sei lá. sempre tive sangue doce pra essas coisas. o banheiro em péssimo estado, parecia coisa de filme. banho de chinelo, tentando me encostar o mínimo possível em tudo. visita às meninas da minha futura morada.

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casa bem bacana. gostei do clima, das pessoas, de tudo. por mim, fecho agora e me mudo amanhã mesmo! tudo acertado. todos fumam pela casa, vai ser difícil cumprir o pedido de mamãe por algum tempo. ok, amanhã venho pra cá as 2 da tarde. jantar na cidade baixa em ótima companhia. risoto de camarão ao molho de laranja delicioso, acompanhado de cerveja uruguaia bem gelada pra brindar minha chegada aos pampas. 

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acordar assim é bom. 

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rumo à casa nova. almoço, uma barra de cereal. subir escadas com malas pesadas é outra coisa que eu não recomendo a ninguém. calor infernal, suando bicas. um copo d'água pra retomar o fôlego. um colchão emprestado sempre cai bem. um ventilador também. dobra o cobertor pra fazer as vezes de travesseiro numa emergência. mais um brinde, à casa nova! supermercado pra comprar ítens básicos, e mais algumas coisas pra casa. de jantar, comida japonesa boa e barata, entregue em casa. derrama shoyo na mesa da cozinha e já faz a primeira cagada. mentira, foi deixar o cigarro cair da janela e ter a impressão que ia incendiar as madeiras do porão. e olha que piromania nao é meu forte. internet realmente rápida é um luxo. muita coca-cola, alguns cigarros. telefonemas. choro de saudade quietinho no escuro do quarto.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

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e lá se vão mais preparativos. o ruim de ter que remexer em teias de aranha é que eventualmente você acaba encontrando coisas que julgava nem serem mais existentes. e também se chega à conclusão de que, sim, você anda acumulando muita coisa. muito lixo que nem deveria ter sido guardado. papéis, anúncios, pedaços de letras de música ou poesias anotadas em panfletos de supermercado, e armazenados para, quem sabe, um dia terem um desfecho digno. mas não, são socados no fundo de uma gaveta cheia de outros papéis solitários e amarelados pelo tempo.

2
e mais uma vez deixá-lo. mesmo que eu saiba que não há mais muito o que fazer. que, como sempre, a sorte está lançada e entregue ao destino. mas é que tem certas coisas que a gente não pode lutar contra. simplesmente deixa-se levar pela correnteza. e, claro, sempre é bom praticar o desapego.

3
procura apartamento. vigília em sites de companhias aéreas em busca de passagens com um preço que te possibilite visitar os seus com mais frequência. muitos gastos e dinheiro se tornam então grandezas inversamente proporcionais. mas a gente vai se virando como se pode. mas ok, dia 04 a gente passa a noite dando risada pelos botecos da cidade baixa. e a matrícula que começa no dia do meu aniversário. solidão. vai rolar um chopp pra comemorar - se solitário, não sei. afinal, ninguém manda dia 01 de março cair numa terça feira...