quarta-feira, 19 de maio de 2010

vida em porto alegre

então, ontem peguei um avião e me mudei para porto alegre, com mala e cuia. por pouco não paguei excesso de bagagem, mas minha falta de noção de peso acertou direitinho o peso. saí de vitória as 13h30, vôo pontual, e tive meu nome chamado no aeroporto, tudo porque eu queria ficar um pouquinho mais com mamãe, que deixei com lágrimas nos olhos quando adentrei a sala de embarque. a conexão em congonhas foi ótima, e, milagrosamente, o vôo saiu para porto alegre na hora prevista - e meu portão de embarque foi alterado somente uma vez!

imagine meu choque térmico: saio de vitória com um calor duzinfernos, e chego em poa nesse gelo. tempo chuvoso, vento frio e muitos casacos necessários. vim pra casa de lara, minha anfitriã em solo gaúcho, e sobe escada com malas pesadíssimas. mas havia chegado, são e salvo.

hoje, acordei pela manhã decidido a sair pelos arredores em busca de um chip de celular com um número local.  coloquei dois casacos, cachecol, tudo isso numa temperatura de 12ºC - o que nem é uma temperatura baixíssima, mas pra quem não está acostumado, o vento frio corta pele do rosto e faz a boca rachar instantaneamente, o que me fez comprar um protetor labial. e andei. andei. andei. rodei as principais ruas do moinhos de vento, bairro nobre de porto alegre, em vão. não consegui achar um mísero boteco que vendesse o chip da operadora desejada, aquela mesmo que faz ddd a 0,25 cents, porque eu sou pobre e tenho pessoas queridas em outro estado. aproveitei que estava por lá mesmo e dei um passeio no parque moinhos de vento, ou parcão, que é super charmoso.

moinho do parcão

a vantagem desse frio todo é que eu passei no supermercado lá do moinhos (aliás, existe um zaffari a cada esquina de porto alegre, praticamente um monopólio!), comprei uma lasanha congelada e uma coca cola em temperatura ambiente. cheguei em casa com a lasanha intacta, e a latinha de refrigerante mais gelada do que quando eu tinha comprado. deve ter uma boa utilidade também para a cerveja, já que não esquenta nunca. mas se bem que beber cerveja nesse frio não deve ser uma boa idéia.

por fim, à tarde meu amigo diego (um querido!) me pegou aqui de carro e finalmente consegui comprar meu número local. tudo bem que o número é uma merda e parece que os dígitos foram escolhidos aleatoriamente, mas ok. tenho boa memória (mentira!) e decoro rápido. enquanto isso, ele se encontra na tela inicial do aparelho. rs.

a cidade é linda nesse frio. pessoas elegantes, bem vestidas, casacos chiquérrimos desfilando pelas ruas da cidade. senhoras de cachecol e boinas. senhores de sobretudo. e cinza. muito cinza. poa adquire um toque europeu. chiquérrimo.

terça-feira, 11 de maio de 2010

você percebe que está ficando velho quando...

... você vai descer do ônibus e uma alguém numa "manada" (sim, manada, eles se comportam assim) de adolescentes grita: "dá licença aí que o 'tiozinho' quer descer!".

tiozinho é melkoo em chamas!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

sobre a necessidade de mudar


eu sempre fui uma pessoa que se entedia muito facilmente. com situações, pessoas, lugares, empregos. talvez porque nunca soube com certeza o que eu queria. então, ia tentando pra ver qual era. e via que não gostava. ou começava não gostando e ia me acostumando com o passar do tempo. mas sempre senti uma necessidade muito grande de mudar. me reinventar. tentar o novo.
nunca tive medo. arrisquei quando todos me diziam que não valia a pena. ou o contrário - já deixei passar oportunidades que para muitos poderiam parecer imperdíveis. mas não a mim. 

e com isso minha vontade de conhecer, de descobrir, de engolir o mundo, de aproveitar até a última gota foi se formando. tenho sede. sede de ver, de aprender, aquela curiosidade de ver o que tem do outro lado, de cruzar as fronteiras. de pagar pra ver. acho, inclusive, que até minhas decisões profissionais (a carreira acadêmica) foram formadas por esse meu impulso. é a curiosidade que me move. 

entretanto, não há como negar que eu acabo pagando um preço muito alto por isso. e, principalmente, para que eu seja capaz de saciar essa minha ânsia, muitas vezes eu tenho que deixar pessoas queridas para tras. Amigos, família, amores. Mas tudo fica com a certeza de que se está lá. Não se perde, apenas se mantêm distante um pouco.

e é exatamente isso que estou prestes a fazer, daqui a 10 dias. com minha mudança de cidade, muita coisa está ficando. meus amigos, que mesmo loucos, são o que me fazem continuar uma pessoa "sã", me divertindo com as loucuras do dia-a-dia, em meio a alguns copos de cerveja. minha mãe, que é quem faz tudo valer a pena. você, que é uma das pessoas mais incríveis que eu já conheci em toda a minha vida. 

não nego que o friozinho na barriga se faz presente. receio de não ser exatamente do jeito que eu esperava, de as coisas não saírem conforme planejado. but, that's the chance i gotta take. e me lembra uma música do keane - aliás, banda que gosto muito, chamada "can't stop now"".

i can't stop now
i've got troubles of my own
'cause in short on time
i'm lonely and i'm
too tired to talk
back home
i've got troubles of my own
and i can't slow down
for no one in town
and i can't stop now...
e melhor que ir, é saber que você tem pra onde voltar.



terça-feira, 4 de maio de 2010

on the radio

This is how it works
You're young until you're not
You love until you don't
You try until you can't
You laugh until you cry
You cry until you laugh
And everyone must breathe
Until their dying breath
No, this is how it works
You peer inside yourself
You take the things you like
And try to love the things you took
And then you take that love you made
And stick it into some
Someone else's heart
Pumping someone else's blood
And walking arm in arm
You hope it don't get harmed
But even if it does
You'll just do it all again
(On the Radio - Regina Spektor)

segunda-feira, 3 de maio de 2010

retiro

e desde quinta feira eu estou em pacatolândia, onde minha irmã se esconde mora. e assim, como boa cidade do interior, tem muitas coisas pra se fazer por aqui, por exemplo, anotar os horários que o transporte que te leva à civilização mais próxima (detalhe: 2 horas) passa, quantos bois atravessam o pasto enquanto você olha da janela, essas coisas ótimas para uma pessoa ansiosa e desesperada como eu fazer.

saca só a vista que eu tenho da janela do quarto:


além disso, estou desesperadamente precisando de um bono de chocolate, mas o mercado mais próximo fica a uns 15 minutos de caminhada. e um cigarro - desde quinta feira eu não fumo. sinto falta da poluição, de respirar aquela fumaça preta repleta de monóxido de carbono que sai dos ônibus, sabe?

assim, o que salva é que, TCHARÃÃÃN, há internet nesse fim de mundo e eu pelo menos me sinto em contato com o restante da população mundial que nesse momento leva uma vida super agitada.