engraçado como as coisas são.
quando começei esse blog prometi pra mim mesmo que não iria ficar muito ausente daqui.
mas os dias passam voando, e com tanta coisa que a gente vai tendo que fazer, acabou que não fiz ainda uma apresentação decente. o que na verdade não faz muita diferença, uma vez que meus 3 leitores já me conhecem bem.
mas como eu sou uma pessoa na maior parte do tempo educada - exceto pela manhã, período em que sou capaz de proferir impropérios simplesmente por um "bom dia" recebido na rua, resolvi então fazer uma apresentaçãozinha básica, pra você, que está entrando neste blog pela primeira vez.
tenho 27 anos, mas me sinto com 12 às vezes. ou com 85, quando me chamam pra ir pra boate.
aliás, se tem um lugar que eu não gosto é boate. acho estranho lugar escuro e apertado com música horrivelmente repetitiva. sou do tipo de pessoa que prefere um bom barzinho, uma cerveja gelada, amigos, voz e violão. um churrasco na casa de alguém - mas sem pagode.
odeio com todas as minhas forças funk, entretanto, existe algo que me causa ainda mais ódio: muleques dentro dos coletivos com seus celulares com o sol incrivelmente alto, ouvindo adivinha o que? funk, lógico.
eu tenho uma teoria, de que música boa, você faz questão de ouvir sozinho, pra não perder nenhum detalhe, nenhunzinho acorde. Exatamente o oposto da música ruim - ou funk.
Essa teoria pode ser facilmente comprovada: me diga se alguma vez na sua vida você já presenciou esses "manos" com o Nokia 5200 deles lá no busão ouvindo jazz? bossa nova? dou um beijo na boca de quem falar que já viu. é a mesma teoria para as torturantes caixas de som nos carros. alguém já viu algum veículo com som potente tocando frank sinatra? adriana calcanhotto? eu nunca vi. e isso confirma minha teoria de que música boa se ouve sozinho.
estou me formando em comunicação social, depois de alguns contratempos na faculdade. estou na fase de leitura e elaboração da monografia, o que está me deixando estranhamente perturbado. quanto mais eu leio, mas acho que não sei nada. e não consigo colocar no papel. e eu ainda fui escolher um tema meio complicado, que envolve muitos conceitos de várias outras áreas, como psicologia, sociologia e filosofia, além da comunicação.
também estou elaborando meu projeto de mestrado para o fim do ano. pretendo seguir a mesma linha que já venho pesquisando na faculdade, que é comunicação e cibercultura. a grande vantagem de seguir uma linha de estudos é que você acaba se acostumando com certos conceitos e termos específicos, e pode se dar ao luxo de manter uma unidade de raciocínio em todos os projetos - o de iniciação científica, o da monografia e o do mestrado.
tenho neste momento 3 livros ocupando minha cabeça, mais 500 folhas com artigos que deveriam ter sido lidos para ontem. e ainda trabalho o dia todo - por enquanto, já me decidi a abrir mão de certo conforto material pelos proximos 4 meses, para me preparar melhor para a maratona que se anunca à frente.
gosto de sorvete de morango e de chocolate, odeio pernilongo no meu ouvido quando quero dormir. gosto de observar estranhos realizarem ações comuns e imaginar a história de vida de cada um deles. às vezes, gosto de pensar que tenho um propósito na vida, como divertir um pouco O Criador com coisas bizarras que só acontecem comigo.
tenho dificuldades em me concentrar (culpa do DDA) e adoro arte - em qualquer expressão: música, teatro, cinema, fotografia, literatura, escultura. penso mais do que falo, e me comporto de formas diferentes: às vezes, sou uma muralha; outras sou sensível como uma ferida aberta. e isso não é bipolaridade.
tenho dificuldades em terminar textos, como este. na verdade não precisa terminar. cada dia vai ser a construção de um pouquinho mais nisso aqui...
